No declínio desta Aurora,
Esquecerei-me dos tempos de outrora,
Seguirei a essência das Alfazemas e Aloés...
Em um suspiro longo e profundo,
As pálpebras descerão suaves,
Sentirei dentro de mim o mundo...
Voarei então, feito as aves...
Estarei sempre em 'meus lugares',
Oscilando nas eternas fronteiras,
Para que de dentro de mim corredeiras,
Transbordem meus lagares...
E que meu fogo ardente nunca cesse...
E que minhas águas mantenham-se revoltas...
Que o azeite que sobre minha cabeça desce,
Faça todas as minhas almas voarem soltas...
E que lugar explêndido e fantástico!
Fortalecido com gigantescas colunas...
Onde as lembranças transformam-se em dunas...
Onde feridas são apenas clásticos...
Onde estou, não importa, onde quer que esteja...
Meu refúgio é oculto, paraíso e inferno juntos...
No meu íntimo a Vida... a Morte... Festeja!
Dentro de mim é o portal dos muitos Mundos!